Não sou bobo e nem meu ouvido é penico.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Faltam menos de doze meses para a eleição, e finalmente, vamos ter a oportunidade de dar um basta em tudo que vem acontecendo no Brasil. Hoje, dia 29 de novembro, depois de assistir tantas peraltices políticas e corrupção generalizada, você e eu, de certa forma, poderíamos estar desinteressados na eleição de outubro de 2018, agora, na verdade, sentimo-nos uma vontade férrea de votar porque o voto é única arma para que possamos mudar os destino do País e acabar com a roubalheira. Ainda é cedo para pensarmos em quem votar, todavia, temos ir bisbilhotando, analisando currículos para fazermos uma boa escolha senão tudo continuará do jeito que está. Temos que convencer os eleitores que continuam votando nesses crápulas a pensarem é melhor. Todos têm que votar usando a razão e não a emoção. É isso mesmo! O Brasil é grande demais e cheio de problemas para a gente entregá-lo nas mãos pessoas desonestas e inescrupulosas. Mas quando se fala em votar quão será difícil esquecer-se daqueles candidatos enganadores que passaram pelos programas televisivos quatro anos atrás – ou, melhor, nem queria pensar a respeito, mas sou obrigado pensar e escrever na esperança que alguns indecisos leiam. E logicamente para escrever esta porcaria de artigo tive que tirar um tempinho para rever um programa de um partido político no horário eleitoral gratuito. E que sofrimento! As mesmas baboseiras! Afinal a gente tem ou não a ver com isso, não é mesmo?... Não sou candidato e nem você, mas de certo modo fazemos o papel cabos eleitorais virtuais e temos opiniões diferentes, mas “aquilo” que a gente assiste deixa-nos estarrecidos. São tantos projetos absurdos, maltratam o português, fazem propostas mirabolantes sem nenhuma consistência. A mesma balela de sempre. Na minha modesta opinião os programas eleitorais não deviam ser gratuitos, porque se fossem pagos, ficaríamos livres de alguns candidatos, que além de não terem o mínimo preparo moral, são totalmente despreparados politicamente e alguns, por incrível que pareça, mal dão conta de ler o texto que passa no monitor controlado pelo cinegrafista.

Os partidos nem se dão ao respeito de pedir licença para entrar em nossos lares. Pensam que somos bobos e nosso ouvido é penico. Gente, quanta falta de criatividade! E a impostação de voz, ou de vozes dos representantes partidários? Cruz credo! Mais parecem piadas, que nem vale a pena ver ou ouvir de novo, e nem tem como, porque, felizmente, alguns só conseguem gravar poucas vezes. Ainda bem. Diante da tantas pessoas que se dizem candidatos, fica mesmo difícil escolher o pior. Se fizermos anotações das esdrúxulas frases e separar as vozes “taquaras rachadas” que aparecem, a maioria está eliminada. Por curiosidade procuro observar se o candidato inova. E vejo que não inova nada! São os mesmo chavões e depois vem e diz na maior “cara de pau” que vai trabalhar em prol da saúde, educação, segurança, transporte, habitação e combater a corrupção (claro que nem sempre nesta mesma ordem). Tem candidato que fala que vai trabalhar pela saúde e na sua boca falta dentes e tem pessoas de sua família na fila do SUS; tem candidato que fala sobre educação e sequer tem o primário; tem candidato que fala sobre habitação, mas vivem de aluguel, outros, nem moradia tem; tem candidato que diz: se eleito vou melhorar minha vida, de minha família e de meus amigos; tem candidato que está há mais de oito no poder e diz que vai fazer isso ou aquilo e até salvar o Brasil da crise. Crise que conviveu e convive como candidato reeleito por várias vezes. Uai! Porque não fez durante o tempo em que está no poder; tem candidato do Partido dos Trabalhadores que se diz na telinha ser honesto, ético, incorruptível, mas esquece que foi pego com dinheiro na cueca, outro guardava 52milhões num apartamento, sem falar nos que foram denunciados por corrupção ativa e passiva em relação à Petrobrás e outros órgãos públicos, tudo gravado e documentado; tem candidato que diz na maior cara de pau que o seu governo combate duramente a corrupção, sendo que é o inverso de tudo isso; tem candidato que começa o seu texto assim: Eu como candidato... (?) Será que come tanto candidato assim? Por que não diz se eleito for...

Com relação ao programa eleitoral sou crítico mesmo! Abstenho-me de dizer nomes neste artigo porque não quero fazer propaganda gratuita. Aqueles que acompanham a política há bastante tempo sabem que tem candidato que, antes de o ser, já criticava duramente todo mundo, dizendo que a maioria dos políticos comprava votos, mas ele, no seu primeiro mandato foi beneficiado por aprovar projeto do governo desfavorável e em detrimento do povo. Prometeu custear tratamento de saúde de pessoas que têm o mesmo problema seu. No Programa seguinte, foi suspenso pela Justiça Eleitoral. Bem feito! Ele não tinha proposta e parece que se candidatou para se beneficiar de emendas e na calada da noite receber propinas por um miserável voto. O eleitor quer apenas ouvir é proposta e não agressões verbais entre partidos e candidatos, pois a maioria é da mesma laia. Durante horário eleitoral gratuito em que me propus assistir para escrever este artigo, sei que foi um castigo que impus aos meus olhos, ouvidos e minha sensibilidade, e com a caneta em punho, fui anotando e selecionado alguns “chavões” até chegar à escolha do “faz-me rir”. Então vai: Vocês se lembram dos candidatos que diziam assim: Eu sou aquele cantor que assovia e depois, assoviava mesmo! Os outros, um berranteiro e um cantor sertanejo que mais parecia o Sinhozinho Malta. Eram tantas jóias nos dedos, punho e pescoço que fiquei com inveja. E quantas promessas vazias foram feitas por todos eles.

Para não tomar o tempo do caro leitor, faço aqui em tópicos separados um resumo das palavras “sábias” desses candidatos, alguns sem a mínima estrutura para fazer quaisquer tipos de promessas: 1) Eu sou a cara do povo; 2) Vou lutar contra a fome, a pobreza, a burocracia e corrupção; 3) Vou lutar pela redução da maioridade penal; 4) Sou um político de “cara nova”: 5) Sou vendedor de picolé; sou aquele do lanche, sou o do sacolão, sou o da vassoura... E pasmem! Todos eram candidatos a Deputado Federal. Não tenho nada contra a profissão de cada um, porque eu mesmo já fui engraxate, vendedor de pirulitos, cobrador, etcétera e tal, mas o Congresso Nacional precisa de gente honesta, de ilibada conduta moral, ético, incorruptível, com capacidade mais intelectiva, que tenha certa noção de administração pública e não se envolva com falcatruas, não dancem em Plenário depois de uma votação comprada e nem façam peripécias políticas no Congresso Nacional. Tal situação acontece porque partidos pequenos, mas conhecidos como “partidos de aluguel” captam essas humildes pessoas para completar seus quadros de candidatos, e alguns sequer conseguem ter mais de um. Vi o sofrimento de uma jovem pedindo voto (texto lido) várias vezes e ao que parece, o seu partido só tinha ela.

Infelizmente temos alguns eleitores que se assemelham, à minha visão quando o uso óculos de grau, àqueles caras estressados que trabalham na bolsa de valores correndo de um lado para outro. Muitos deles estão trocando seus votos por uma cesta básica, por uma casa própria, por um vale alimentação. Isso é fato e pesa em favor dos investidores. Resultado disso: no dia da eleição, já não existe mais a lembrança do valor do “negócio”, mas o “santinho” do candidato que segue enroladinho entre os calos da mão do eleitor, objeto da maior confiança dos candidatos que investiram nele. Esse é o nosso Brasil!


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