Professor Otávio, meu eterno mestre.

domingo, 15 de outubro de 2017

Professor Otávio, meu eterno mestre.A diferença entre professor e mestre, é que o professor ensina o que a gente precisa, no caso, o básico, já o mestre testa até onde a nossa capacidade pode alcançar, nos fazendo crescer. Partindo desta pequena premissa quero falar do meu saudoso professor Otávio que há décadas está lecionando em outra dimensão. Ele era diferente, nunca me dizia o que fazer, o que estudar, o que aprender, deixava tudo por conta da minha sensatez, da minha vontade de crescer pessoal e  profissionalmente. Ele que hoje já se encontra em outra dimensão, deu-me oportunidades, descortinou meus horizontes, impregnou em minha mente uma vontade férrea de aprender, de como pesquisar, de como saber cada vez mais e mais... Transmitia um amor pelo conhecimento incontestável e pela verdade que tudo o que via pela frente parecia perder a importância; ele mostrava que, se a gente queria alcançar conhecimento, alcançar a verdade, um objetivo na vida, ou seja, lá o que for, a gente tinha que batalhar e lutar por eles, porque a verdade não é manifesta.

Quando a gente encontra um mestre assim, a vida nunca mais é a mesma e eu, entre outros mestres que passaram pela minha existência, tive a sorte de encontrar o mestre Otávio. O que ele e outros nos transmitiram não era dado, não era informação. Talvez seja conhecimento, mas é mais do que conhecimento: era o amor ao conhecimento; era mais do que a verdade; era o amor à verdade. Talvez esteja muito próximo de sabedoria. Quantos, para se chegar a "doutores", não precisaram de um mestre. Certa vez um professor que me abstenho de falar o nome, me disse que o último ano do ensino médio era para a gente se tornasse uma pessoa mais madura e deixássemos de viver de fantasias. Hoje, lembrando de suas palavras entendi que não era tão dirigida pra mim porque sou um aprendiz de escritor e de poeta, sei lá. Só sei que a fantasia, o real e o surreal andam lado a lado comigo, nos livros que leio nas poesias e crônicas que escrevo.

Hoje ao escrever este artigo, que será publicado na próxima quarta-feira, por questão de páginas cedidas pelo DM aos articulistas, comemora-se o dia dos professores, para alguns não há o que se comemorar... Mas eu acredito que temos muito a comemorar; embora ainda sejam muitos os desafios... Justamente pelas dificuldades e obstáculos que enfrentam a cada dia, por superar seus medos e limitações, por ainda acreditar em seus alunos, por ter responsabilidade com a profissão, de poder transmitir conhecimento, porque há sempre algum aluno que respeita o professor e que o enche de orgulho. E por acreditar no seu potencial e quiçá, no crescimento de cada um de deles e que vencerão obstáculos. Formado em direito e fora dos bancos escolares hoje o tempo tem sido meu professor, e sua principal lição é ter me ensinado a ter paciência necessária, me ensinado de como esperar, pois aquilo que queremos colher requer algum tempo.

Há aqueles que lutam para aprender e reter conhecimentos; há os que aprendem se dedicam e não medem esforços para ensinar. Não se trata apenas de amar a profissão, mas ter o sagrado dom de amor ao próximo. Hoje e todos os dias é tempo de aprender e de homenagear a quem ensina. Meu eterno agradecimento aos meus professores de infância, por terem lapidado e me ensinado a andar por caminhos até então desconhecidos. Por fim, termino com a frase do escritor, professor e pesquisador Augusto Cury: “Professores brilhantes ensinam para uma profissão. Professores fascinantes ensinam para a vida”.



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